Recomeço

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Recomeçar é preciso...

Aqui nunca falta amor...

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O Encontro das Almas

Quando lembro de ti
Meu coração aperta
Quando te vejo
Minha mão soa
Quando te abraço
Me conforta
Quando te beijo
Me perco...

Quero me transviar e navegar na imensidão dos seus olhos
Quero voar como o beija-flor procura o pólen de uma flor
Quero sentir a brisa do mar trazendo bons ventos
Quero mostrar para todo mundo o que existe entre nós...

Quero as vibrações que atraem
Quero o sol pra brilhar o nosso amor
Quero a noite me envolver
Peço que nossas almas se encontrem
Para que elas possam revelar o nosso viver...

Autoria: Natália Oliveira

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Gonzaguinha

'Apesar de tudo estamos vivos pro que der e
vier prosseguir, com a alma cheia de
esperanças, enfrentando a herança que taí...
Nós atravessamos mil Saaras e eu nunca vi
gente melhor resistir, a tanta avidez, a tanta
estupidez, ao cada um por si, ao brilho da
ilusão. Digo na maior - melhores dias virão...'

Ferreira Gullar

“Caminhos não há.
Mas as gramas
Os inventarão.

Aqui se inicia,
Uma viagem clara
Para a encantação.

Fonte, flor em fogo,
o que nos espera
por detrás da noite?

Nada vos sovino:
com a minha
incerteza,
vos ilumino”.

Eu Etiqueta - Carlos Drummond de Andrade

Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.

Escândalos da Luz - Affonsinho

Vou pedir pro céu ficar azul demais
Pro cheiro da flor do manacá te perfumar
Eu vou te levar pra ver o amor passar por toda cidade
Em cada lugar tão longe que parece nem ser de verdade
Vou pedir pro sol ficar até mais tarde
E a brisa do mar nos carregar pra algum lugar bom
Eu vou te contar que a vida é boa [muito boa]
Se você não vai o tempo vai e voa [como ele voa]
Vou fazer barulho até você notar
Anjos e escândalos de luz vão te acordar
Ninguém vai te dar o que você não é
A felicidade nesse mundo é pra quem quer

Pressentimento - Roberta Sá

Ai ardido peito
Quem irá entender o seu segredo
Quem irá pousar em teu destinoE depois morrer de teu amor.
Ai mas quem viráMe pergunto a toda hora
E a resposta é o silêncio
Que atravessa a madrugada.
Vem meu novo amor
Vou deixar a casa aberta
Já escuto os teus passosP
rocurando o meu abrigo.
Vem que o sol raiou
Os jardins estão florindo
Tudo faz pressentimento
Que esse é o tempo ansiado de se ter felicidade.

Cicatrizes - Roberta Sá

'Acho que estou pedindo uma coisa normal...felicidade é um bem natural...'

Arriscar é...

"Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a exporo seu eu verdadeiro.
Expor suas idéias e sonhos em públicoé arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer.
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas... é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...
Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir,crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas,abrem mão da sua liberdade.
Só a pessoa que arrisca é livre...Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."

Soren Kiekegaard